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MP mostra como Francisco J Marques truncava emails

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As datas nunca foram o forte daquela gente. Basta olhar para a data fundação que ficamos a perceber que existe ali um problema com a verdade e com a realidade. Vejamos o que diz Ministério Público sobre o que Francisco J Marques fez.

“Ao longo dos programas, Francisco J. Marques leu emails enviados elo ex-árbitro Adão Mendes a Pedro Guerra em que o primeiro discorre sobre como “hoje o SLB manda mesmo e os outros já não mexem nada. E o resto virá por acréscimo. (…) hoje quem nos prejudicar sabe que é punido, e este espaço foi conquistado com muito trabalho do primeiro-ministro. Vamos ter os padres que escolhemos e ordenamos nas missas que celebramos. Temos é de rezar e cantar bem”. Finalizava com um “Agora apague tudo”.

Nos comentários que se seguiram, Francisco J. Marques concluiu que “isto é um esquema de corrupção de árbitros a favor do Benfica. (…) Vamos lá averiguar quem são os padres que escolhem e que ordenam nas missas que celebram, quem são… sendo que têm padres para todo o tipo de missa”.

Contudo, na acusação o MP esclarece que os excertos lidos por Francisco J. Marques nesse dia 6 de junho de 2017 eram trechos dos quais foram suprimidas passagens, colados “excertos de emails de datas diversas e alterada a sua sequência por forma a subverter o sentido dos mesmos”. No email sobre o poder do SLB foram omitidas frases como “o poder está no trabalho dia a dia, na busca da verdade e da seriedade e isso faz a diferença”. E a referência às missas surge num email diferente de Adão Mendes a Pedro Guerra em que os dois abordavam os painéis de comentadores na televisão. Pedro Guerra era na altura comentador na CMTV.

Portanto a teoria de que os “padres” eram os árbitros morreu a partir de hoje porque foi descoberta a verdade. E a verdade é que estariam a falar de comentadores e que as tais missas eram os designados “programas desportivos”

“A supressão de passagens destes emails” ou a “leitura de excertos fora da sequência normal” possibilitou a Francisco J. Marques “propalar que a estratégia encontrada pelo Benfica era uma estratégia de corrupção, semelhante a um polvo, com diversos tentáculos capazes de alcançar todas as áreas da sociedade, orientada por um primeiro-ministro, que é o seu presidente Luís Filipe Vieira e seguida por árbitros que estão ao seu serviço, concluindo que o Benfica mandava na arbitragem”, lê-se na acusação. “No entanto, tal conclusão surge desfasada da realidade veiculada pelos emails na sua versão original, à qual o arguido Francisco J. Marques acedeu, apenas alterando na medida daquilo que mostrou ter intenção de revelar ao público em geral com o intuito de lesar a credibilidade do SLB“, continua a procuradora.

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